Confiram em primeira mão, o primeiro capítulo da Fanfics da Zoeira!
"O peso de um Chapéu de palha"
I
- Uma aparição um tanto quanto misteriosa.
Logo após fugir com sucesso da ilha dos tritões, Monkey
D. Luffy comemorava tranquilamente com seus companheiros a entrada no novo
mundo.
– Ao One Piece! –
Disse o capitão erguendo um protuberante pedaço de carne assada aos céus.
– Ao One Piece! - Repetiram os outros em uníssono, erguendo
canecas repletas de cerveja, cola e suco.
Era uma grande festa. Sanji preparava freneticamente
espetinhos de churrasco feitos de carne do monstro marinho que ele, Zoro e
Luffy haviam abatido. A carne estalava e soltava faíscas, fazendo o cozinheiro
suar enquanto tentava acalmar um pouco as chamas. Luffy sentava-se ao lado de
Sanji, rindo de uma piada que Ussop contava, na qual ele imitava um tritão que
não sabia nadar. O capitão transbordava de alegria, fazendo pedaços de carne
voarem de sua boca enquanto ria, e alguns caíam perto de Tony Tony Chopper, que
apenas ria em seu canto, ouvindo com afinco a história de Ussop – e o pior,
acreditando – que agora dizia que havia abatido quarenta tritões de uma só vez
enquanto Luffy lutava contra Hordy Jones.
– Que demais Ussop! Você é muito incrível! – Dizia
Chopper admirado.
– Há há há! Nada nem ninguém podem assustar o incrível
capitaa...
E uma grande explosão se fez, ensurdecendo todos por um
minuto.
– Háaaa! – Gritou o atirador, caindo no colo de Roronoa
Zoro que dormia encostado no mastro.
– Sai pra lá, maldito! – Enxotou Zoro definitivamente
incomodado com a tremedeira de Ussop.
Então ouviram passos, e uma enorme figura se fez
presente.
– Supeeeeeeer me desculpem! Estava treinando a nova arma
do Sunny Go, mas parece que ela faz mais barulho do que estrago! Gwa gwa gwa! –
Riu o carpinteiro Franky em seu bizarro e enorme corpo, utilizando um corte de
cabelo diferente, se assemelhando com um unicórnio.
– Franky! As preparações estão concluídas? – Bradou
calmamente uma voz feminina.
– Aw! Com certeza Nami! – Disse o carpinteiro fazendo um
sinal de “joia” com sua mão mecânica que sai de dentro de sua protuberante
“mão”.
– Nami-swaaaaaaan! Coma um churrasquinho fresquinho! Está
delicioso, quentinho e macio! – Disse Sanji chutando a cabeça de Luffy que
tentava capturar mais um espetinho.
– Não temos tempo para isso Sanji-kun. Pela disposição
das nuvens, estou prevendo uma tempestade. – Nami fitou os céus com seus olhos
preocupados, e uma forte rajada de vento abalou por um instante as estruturas
do grande navio Thousand Sunny.
– Espero que o Brook e a Robin estejam bem. Estão
demorando demais com esse reconhecimento do local... – disse Franky caminhando
lentamente até o timão.
– Eles vão ficar bem – Disse Luffy com um sorriso – Pode
ter certeza!
Em algum lugar não muito afastado de onde Sunny Go estava
ancorado, um esqueleto falante e uma bela mulher navegavam em uma pequena
embarcação conhecida como “mini-Merry”. Aproximavam-se de uma praia, quando o
esqueleto quebrou o gelo.
– Essa praia parece bem suspeita, não acha Robin-san? – Disse
misteriosamente o esqueleto.
– Sim, talvez morramos aqui. – Disse a bela morena,
implacável e gélida.
– Yohohohohohoho!Robin-san é tão assustadora! Mas essa
ilha realmente me dá calafrios na pele... Mas espere, eu não tenho pele!
Yohohoho! – Ria descontroladamente o esqueleto quando Robin, a arqueóloga, colocava
seus pés na água gelada, pois já haviam aportado na praia.
– Vamos Brook, temos de achar um local seguro para assim
chamarmos os outros. – Disse Robin caminhando sobre as areias macias da praia.
Brook apenas a seguiu calmamente, enquanto olhavam para
os belos coqueiros que balançavam lentamente conforme o vento soprava. Era uma
praia muito simples, com apenas algumas rochas salpicadas de algas, e uma densa
mata que bloqueava a visão do que havia mais ao fundo da ilha. Ouviam-se apenas
as gaivotas grunhindo e as folhas dos coqueiros se abraçando. O sol queimava
fortemente, e o calor era insano.
– Muito agradável esse local, não acha? – perguntou
Brook.
– Agradável... Demais. – Disse Robin virando-se
rapidamente para um arbusto que de repente, se mexeu, e aproximadamente
quarentas agulhas afiadíssimas voaram na direção dos Mugiwaras. Robin desviou
de todas com dificuldade, e Brook repeliu todas com sua espada.
– Maldito, quem está aí! – disse Brook furioso – Vamos,
apareça!
– Você realmente não iria querer que eu aparecesse...
Hanauta no Brook. – Disse uma voz firme e ríspida.
Brook pôs-se para trás, fazendo sua espada brilhar com a
luz solar. Robin ergueu seus belos olhos, que logo foram ao chão. “Essa voz... Eu conheço essa voz”,
pensava a arqueóloga. “Não... É
impossível!”
– Quanto tempo, Nico Robin... – e a forma de um garoto se
revelava. Não tinha mais que vinte anos. Usava um manto negro como a noite, e
uma máscara de demônio vermelha, com chifres negros e um sorriso macabro. Atrás
dele, um rapaz que com as mesmas vestimentas, porém com uma máscara lisa branca
andava calmamente até uma árvore, e quando chegou até lá, apenas se sentou.
– Por favor, não pegue muito pesado... – Disse o rapaz da
máscara branca.
– Como se você mandasse em mim. – Disse o mais velho,
soltando uma gargalhada.
Robin estava atônita. Porque eles haviam a atacado? Eles
eram... Eles... Não podia estar acontecendo! Lágrimas estavam rolando de seus
olhos, quando conseguiu pronunciar algumas palavras:
– Ruki... – ela tentou dizer, mas o rapaz estava na sua
frente, e com sua mãe enluvada tapou a boca de Robin.
– Shh... Não vai querer estragar a brincadeira, não é
mesmo? – disse com um sorriso. – Agora me diga, onde está Monkey D. Luffy? –
Seus olhos brilharam por trás da máquina.
Em um segundo, Brook estava em cima do inimigo com sua
espada erguida, pronto para acertá-lo. O rapaz apenas ergueu sua mão esquerda e
segurou a espada de Brook. Sua mão segurava tão forte a lâmina que Brook não
conseguia movê-la. Robin conseguiu se soltar das mãos do rapaz.
– Brook, não! Ele é muito for... – E logo não via mais
nada. Sua visão ficou embaçada, e sentiu uma dor tremenda na barriga. O
encapuzado com a máscara de demônio acertara sua barriga tão rapidamente que a
mesma nem teve tempo para enxergar o golpe. O impacto fez com que Robin voasse
alguns metros, batendo contra um coqueiro.
Ao ver aquilo, Brook furioso puxou com toda sua força a espada das mãos
do inimigo, se preparando para um novo ataque.
– Soru.
E o mascarado estava agora atrás de Brook, erguendo seu
braço direito, acertando um poderoso soco em seu crânio, fazendo Brook voar na
direção da água, espirrando muito areia e água ao ar. Robin encontrava-se
inconsciente, devido ao tamanho da força do inimigo. O rapaz com a máscara
branca encostado na parede se mostrava um tanto quanto desconfortável com a
situação, mexendo freneticamente os dedos, e entrelaçando-os.
– Rukiora-san... É realmente necessário fazer isso? São
realmente as ordens do chefe? Até a Robin-san... – Disse enquanto fitava o
corpo de Robin caído perto do coqueiro.
– Sim! Nós só poderemos saber se ele evoluiu e se tornou
forte se atingirmos o ponto fraco dele... E esse ponto são seus Nakamas. Quero
ver o que ele é capaz de... – porém não terminou de falar. Abaixou-se lentamente,
esquivando de um corte da espada de Brook que vinha em alta velocidade. Brook
tinha o crânio rachado, e perdeu um de seus dentes, seu corpo tremia e mal
conseguia manter-se em pé.
– Vo... Você! O que você quer?! – Indagou o músico Brook
em uma voz trêmula.
– Fazer um pequeno teste... Mas isso não cabe a você,
desculpe. – Ergueu sua mão, e a mesma se tornou de uma coloração negra
brilhante. – Tekkai no Armor! – E
então partiu na direção de Brook. Este seria um soco extremamente fatal. O
rapaz com a máscara branca correu na direção do outro encapuzado, porém algo o
parou.
– Quem é você, maldito? E o que pensa que está fazendo
com o nosso músico?
– Brook, nós assumimos daqui.
– Sanji-san, Zoro-san! – As órbitas de Brook
transbordavam de lágrimas ao ver Zoro e Sanji bloqueando o soco de Rukiora com
suas espadas e com a perna respectivamente. Afastou-se tremendo, e assim
avistou o resto do bando.
Monkey D. Luffy avistava o homem do alto. Subira em uma
pedra para procurar por Brook e Robin, até que os encontrara, porém antes de
fazer alguma coisa, Zoro e Sanji tomaram a iniciativa contra o inimigo. O rapaz
encapuzado com a máscara branca deu um longo suspiro de alívio, e passou a
fitar apenas Luffy. Um sorriso abriu-se por detrás da máscara.
– Ora, ora, ora! Se não temos aqui Roronoa Zoro, e Sanji
pernas negras! É uma honra! – Disse Rukiora socando as espadas de Zoro e o pé
de Sanji para longe. Mesmo Zoro tendo usado toda sua força e também as lâminas
de suas espadas, a mão de Rukiora não apresentava nenhum arranhão. Um sorriso
abriu-se por trás daquela máscara medonha de demônio quando avistara Luffy, que
até agora se manteve implacável até o momento, estendendo um longo olhar sério
sobre o inimigo.
– Ei otário, é melhor não se distrair! – Disse Sanji voando
na direção do inimigo. – Sky Walk! –
Pequenas nuvenzinhas formavam-se em baixo dos pés do cozinheiro, que ‘chutava’
o ar incessantemente, dando a impressão de estar voando. – Concasé! – Bradou o cozinheiro que agora ia em alta velocidade na
direção do rapaz que não pareceu se importar muito com o alarde de Sanji. O
chute atingiu em cheio o peito do mascarado, porém não surtiu nenhum efeito.
Rukiora agarrou fortemente a perna de Sanji e o levantou, fazendo com que trocassem
olhares por um segundo. No outro segundo, o punho negro do encapuzado acertava
o estômago de Sanji em cheio fazendo-o voar contra uma rocha e reduzi-la a pó.
Os mugiwaras olhavam atônitos. Ussop e Chopper cuidavam de Brook e Robin. Nami
e Franky haviam ficado para trás, deixando o Sunny Go em um local seguro.
– Você vai pagar por isso maldito! – Disse o espadachim
Roronoa Zoro retirando apenas sua espada com a bainha branca, chamada de Wado
Ichimonji. – Shishi... SONSON! – E um
único corte se fez na direção de Rukiora, cortando os céus e a terra, causando
destruição por onde passava.
– Há há há! Isso não é capaz de me parar, Roronoa! –
Disse retirando a máscara, rapidamente enquanto gritava – Tekkai no Gear! – E sua testa assumiu a coloração negra brilhante
de antes, e com uma cabeçada, parou o poderoso golpe de Zoro, causando uma
grande explosão. – Soru! – E em um
piscar de olhos, Zoro era surpreendido por um soco em suas costas, quebrando
algumas costelas do espadachim, que voou na direção onde Sanji estava caído,
inconsciente.
Um clima tenso se instalara no local. Sanji e Zoro, os
melhores lutadores do bando do Mugiwara foram facilmente derrotados por esse
encapuzado misterioso. O outro, que apenas observava, parecia muito tenso e
desconfortável. Rukiora, agora sem sua máscara, mostrava longos cabelos azuis-escuros
caídos sobre seu rosto, um nariz fino e olhos maldosos. Fitava Luffy com um
largo sorriso, e Luffy apenas retribuía-o com um olhar severo, e um par de
braços cruzados.
Enquanto isso, do outro lado da ilha, cientistas andavam
de um lado para o outro em um grande salão dentro de um edifício extremamente
luxuoso. Dois deles andaram calmamente até um pequeno corredor, e seguiram pelo
mesmo. No final, se depararam com uma porta eletrônica. Agulhas se projetaram,
e furaram os dedos dos cientistas, que logo após um laser verificar suas digitais,
as portas se abriram, e revelaram apenas um pequeno laboratório, e no centro
uma maca com um corpo sobre ela, coberto por um manto negro, e nele estavam
bordados dois símbolos, o do governo mundial e o da marinha.
– Então, está feito! Está perfeito! – Disse um homem
gordo e desajeitado analisando o corpo com um pouco de cautela.
– Sim, aposto que o chefe ficará orgulhoso de nós!
Conseguimos transportar corretamente suas anotações para o experimento! Veja! –
Disse outro homem, esse mais baixo e com longos braços. – Akuma no Mi... Confere.
Esqueleto de kairouseki... Confere. Habilidades Rokushiki... Confere. – Ia dizendo,
enquanto anotava em sua prancheta.
– E- esse cara é um monstro! Não sei como conseguiu
perder para o Gol D. Roger... ! Como um usuário da fruta do demônio tem um
esqueleto revestido de Kairouseki, e consegue se mover? Isso é impossível, ele
é um demônio... – O homem gordo estava completamente aterrorizado, e não se
atrevia a olhar por debaixo da manta.
– Isso já não é problema nosso. O que vai ser feito com
ele, e o que ele é não nos diz respeito. O que nos diz respeito é reportar isso
ao chefe imediatamente, entendeu sua bola de banhas?
– Desgraçado, se me chamar disso mais uma vez eu... !
E saíram, deixando a porta automática fechar atrás de
suas costas. Mal sabiam que ali, naquela sala, repousava a maior arma humana já
criada em laboratório.
De volta á praia, o clima ainda se mantinha tenso.
– Eles estão muito feridos! Como esse cara conseguiu
fazer isso tão facilmente?! – Indagou Chopper revirando sua mochila.
– E-eu não sei, mas é melhor não interferir! Vamos deixar
que o Luffy resolva isso! – Disse o atirador dos Mugiwaras, tremendo mais que
vara-verde.
E então um estrondo ecoou. Rochas voaram para todos os
lados, e uma nuvem de fumaça cobriu o local. Luffy socara o chão com tanta
força, que abrira uma cratera no mesmo. Sua pele estava rubra, e saía vapor de
todos os seus poros. Seus olhos de ódio consumiam o inimigo. Respirou fundo, e
conseguiu pronunciar algumas palavras:
– Eu não sei quem é você... Nem de onde você veio... Mas
eu sei de uma coisa... – Disse por fim, ativando o Gear Second – EU NÃO VOU TE
PERDOAR!
~TO BE CONTINUED~